Pesquisa para Federação Brasileira dos Bancos – Febraban
Realização da Pesquisa – População com deficiência no Brasil fatos e percepções.
FEBRABAN DIVULGA ESTUDO SOBRE EMPREGABILIDADE E SOCIABILIDADE DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS
A pesquisa, desenvolvida pela AGMKT – Estratégia Empresarial foi apresentada em workshop promovido pela entidade
Febraban divulga estudo realizado pela AGMKT – Estratégia Empresarial sobre empregabilidade e sociabilidade de portadores de deficiências. As pesquisas foram conduzidas pela AGMKT no primeiro semestre de 2006, quando foram entrevistadas 1.200 portadores de deficiência residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Ribeirão Preto e Brasília.
O estudo levou em conta dados do Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) que informam que 24,6 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, o que equivale a 14,5% da população nacional. Se multiplicar esse total por três – supondo que cada indivíduo com deficiência convive diretamente com, no mínimo, mais de duas pessoas (pai e mãe) -, teremos 73,8 milhões de pessoas que lidam diariamente com esta realidade e que são positivamente influenciados por empresas que oferecem produtos, serviços e atendimento direcionado. Este número equivale a 45% da população, ou quase um em cada dois brasileiros.
O vínculo empregatício formal é baixo entre as pessoas com deficiência, sendo que apenas 10,4% possuem carteira assinada. Já o desemprego atinge em maior proporção a população sem deficiência (7%), do que com a deficiência (6,2%). Foi constatao que 31% dos cidadãos com deficiência empregados possuem oito a 12 anos de estudo, contra 30% na população sem deficiência, ou seja, foi verificado que a participação formal no mercado de trabalho está intimamente ligada ao grau de instrução, que aumenta em consonância com a quantidade de anos estudados.
Os números indicam que, com relação ao vínculo empregatício superior a cinco anos, 36% são profissionais com deficiência, contra 34% sem deficiência. Por esta análise é possível dizer que o motivo para este índice ser maior entre as pessoas com deficiência está diretamente ligado à Lei de cotas, que aqueceu o mercado para os profissionais com deficiência.
Os dados apurados revelam que 14,5% dos deficientes que trabalham, 58% são visuais, 54% física/motora; 38% auditivas. Portanto, o deficiente auditivo tem mais dificuldade de conseguir trabalho e, além disso, 27% dos deficientes auditivos têm emprego formal (carteira assinada), contra 61 dos motores e 60% dos visuais. Portanto, há uma escala de dificuldade de inserção no mercado de trabalho conforme o tipo de deficiência.
A pesquisa abrange também outros aspectos sociais, como a origem da deficiência; 26% da motora provém de acidente de trânsito, 70% das deficiências auditivas e visuais são proveniente de doenças.